VÍDEO: mulher condenada a 85 anos de prisão por roubar, matar e queimar pais e irmão chora ao falar da família no júri em SP

  • 28/08/2024
(Foto: Reprodução)
Anaflávia Gonçalves confessou o assalto, mas negou envolvimento no assassinato em 2020. 'Me arrependo tanto do que fiz', disse a mulher no interrogatório, que foi filmado. Julgamento dela foi na terça (27) em Santo André. Outros quatro condenados estão presos. Filha condenada por matar pais e irmão chora em júri poe oseus advogados de defesa. Ela não respondeu ao Momentos antes de ser condenada a mais de 85 anos de prisão por roubar, matar e queimar os pais e o irmão no ABC Paulista em 2020, Anaflávia Martins Gonçalves chorou no júri ao falar da família assassinada. O interrogatório dela durou cerca de 23 minutos e foi filmado pela Justiça em Santo André (veja vídeo acima). O julgamento começou no final da manhã da terça-feira (27) e acabou à noite, após dez horas. Quatro testemunhas foram ouvidas. Quando falou, Anaflávia confessou ter participado do roubo, mas negou envolvimento nos assassinatos dos empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, pais dela, e do estudante Juan Victor Gonçalves, de 15, seu irmão. “Meritíssimo, o roubo eu confesso, sim. O que eu sei, que eu errei. Mas homicídio, não”, disse Anaflávia, que se emocionou ao se lembrar da família. O caso ocorreu em 27 de janeiro de 2020. "A gente sempre era muito família, sempre unido (sic)", falou a ré, que chorou quando foi questionada sobre Juan Victor. "Meu irmão era minha vida. Me arrependo tanto do que fiz... De ter aceitado roubar, de ter acreditado, de ter acreditado que não aconteceria nada com minha família." Segundo Anaflávia, a ideia de assaltar os pais dela foi de Carina Ramos de Abreu, sua namorada à época. Ela aceitou, alegando que trabalhava no quiosque da família num shopping, mas que seus pais não estavam pagando os salários dela corretamente. E que, por isso, foram em busca de R$ 85 mil que estariam no cofre da residência das vítimas. Depois, de acordo com Anaflávia, Carina chamou os primos dela, os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos (primos de Carina) para participar do assalto. Para isso, eles chamaram também Guilherme Ramos da Silva, amigo dos irmãos Ramos. "Se eu não tivesse conhecido ela [Carina], nada disso teria acontecido", disse Anaflávia, que só aceitou responder às perguntas feitas pelo juiz Lucas Tambor Bueno e por seus advogados de defesa. Ela não respondeu ao Ministério Público (MP) nem à assistência da acusação. Anaflávia, que deixou de namorar Carina após a prisão, disse que quem matou seus pais e o seu irmão foi a ex, a quem chamou de "podre, literalmente podre". Laudo do Instituto Médico Legal (IML) havia concluído que as três vítimas foram mortas, possivelmente, com coronhadas de revólver na cabeça. Tiveram afundamento dos crânios. Os corpos foram colocados num carro e levados para São Bernardo do Campo, cidade vizinha, onde foram queimados com o veículo. Os cadáveres foram encontrados carbonizados no dia seguinte. "Carina só falava: ‘Pensa nas crianças, pensa nas crianças’, que sua família infelizmente foi assassinada", disse Anaflávia, se referindo ao fato de a então namorada ter três filhos. Mesmo acusando Carina, dizendo que foi manipulada por ela para ser convencida a participar do roubo, que depois terminou com o assassinato da família, a maioria dos sete jurados, todos homens, não acreditou na versão de Anaflávia. E a condenou por roubo, homicídio doloso qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa. Coube ao magistrado aplicar a pena: 85 anos, 5 meses e 23 dias de prisão em regime inicialmente fechado. A mulher tem 29 anos e já estava presa preventivamente. O tempo máximo que uma pessoa condenada pode ficar presa é de 40 anos, segundo a lei brasileira. Defesa, acusação e assistência Após 3 anos, Justiça de SP condena Anaflávia Gonçalves e 2 cúmplices por assassinar a família dela e queimar os corpos JN A defesa de Anaflávia informou nesta quarta-feira (28) ao g1 e à TV Globo que irá recorrer da sentença nas instâncias superiores da Justiça. "A defesa fez todo o possível para levar a verdade para o público, porém, por se tratar de um crime notório no qual a frieza dos demais componentes assustou o público, acabaram por utilizar disso para basear a Anaflávia como semelhante. Infelizmente veio uma condenação, a qual acreditamos ser injusta, porém respeitamos a decisão do júri. Trabalharemos num possível recurso a partir de hoje", disse o advogado Leonardo José Gomes, que atua com o também advogado Thiago José Mendes Duailibe. "Era do convencimento da Promotoria de Justiça que Anaflávia praticou esses três crimes, entrou na casa juntamente com os outros quatro. Na verdade, ela propiciou a entrada, abriu a porta para eles entrarem e participou", comentou a promotora Manuela Schreiber Silva e Sousa, responsável por acusar a ré. "De fato, Anaflávia recebeu uma pena compatível com a monstruosidade que ela cometeu. Ontem fechou-se um ciclo muito importante na vida dessa família porque pode se encontrar de fato com a questão de Justiça", falou o advogado Epaminondas Gomes de Farias, assistente da acusação, contratado por outros familiares das vítimas. Além de Anaflávia, mais quatro pessoas que participaram com ela dos crimes já haviam sido julgadas, condenadas e presas anteriormente (saiba mais abaixo). Júri anterior foi anulado Justiça marca para esta segunda júri de 5 acusados de roubar, matar e queimar família no ABC em 2020 Anaflávia foi a júri novamente pelos crimes após o julgamento anterior dela, em junho de 2023, ter sido anulado por decisão do Tribunal de Justiça (TJ) a pedido do Ministério Público. O motivo: à época, ela havia sido condenada somente por duas das três mortes. Naquela ocasião, Anaflávia havia recebido pena de 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pelos homicídios dos pais. No entendimento da Promotoria, os jurados se equivocaram ao culpá-la somente pelos assassinatos de Romuyuki e Flaviana. E a inocentaram pelo assassinato de Juan. O adolescente também era filho do casal. A decisão dos jurados revoltou até a avó materna da jovem, Vera Lúcia Chagas Conceição, que esperava que a neta recebesse uma condenação maior. Desembargadores do TJ concordaram com o pedido do MP, anularam o júri, e determinaram que a ré fosse julgada novamente. "Foi uma vitória. Ela foi condenada. Ela foi condenada pela morte do irmão, pela morte do pai e da mãe", disse Vera nesta quarta. "Condenou aquela assassina. Estou muito feliz. Agora eu vou sair do luto. Hoje é um vida nova." 5 condenados Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos de Abreu, Juliano e Jonathan Ramos e Guilherme Silva, acusados de matar família no ABC Reprodução/Redes sociais e arquivo pessoal Vídeos de câmeras de segurança gravaram o grupo na residência onde as três vítimas moravam, um condomínio fechado de casas em Santo André (veja abaixo). Carina e Guilherme foram condenados no mesmo julgamento de Anaflávia, em junho de 2023. À época, Carina foi punida com 74 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, também em regime fechado. Guilherme foi condenado a 56 anos, 2 meses e 20 dias no fechado. Quando também foi ouvida pela Justiça, Carina negou ter participado dos assassinatos das vítimas. Disse que o envolvimento dela e de Anaflávia tinha sido somente no roubo. E chegou a acusar os irmãos Juliano e Jonathan de matar a família e explodir o veículo em que as vítimas estavam. Guilherme, vizinho dos irmãos Ramos, acusou Juliano de querer assassinar o casal e o filho. Ele também alegou que participou diretamente do roubo, mas não dos assassinatos. Em agosto de 2023, Juliano e Jonathan também foram a júri popular. Eles confessaram participação no roubo, mas disseram que a ideia de matar a família tinha sido de Anaflávia. Ambos foram condenados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa. Juliano recebeu pena de 65 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado. Jonathan foi punido com 56 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado. Testemunha diz que viu homem dentro de casa onde morava família que morreu no ABC

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/08/28/video-mulher-condenada-a-85-anos-de-prisao-por-roubar-matar-e-queimar-pais-e-irmao-chora-ao-falar-da-familia-no-juri-em-sp.ghtml


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